Contudo, quando olhamos para a natureza, vemos que tudo se encontra causalmente interligado. Por exemplo: se largarmos das nossas mãos o livro que decidimos ler, ele cai. A natureza parece ser determinista. Ora, o determinismo que encontramos na natureza colide com a conceção que temos de nós próprios como seres livres.
Se tudo no mundo está determinado, e se nós fazemos parte do mundo, como podemos ser realmente livres?
A esta questão, estudada na área designada por Filosofia da Ação, damos o nome de problema tradicional do livre-arbítrio e para lhe responder temos dois tipos de resposta: a incompatibilista, que defende que livre-arbítrio e determinismo são inconciliáveis, anulando-se mutuamente, e a compatibilista que, ultrapassando o dualismo anterior, sustenta que a existência de livre-arbítrio é possível com a existência do determinismo.
Dentro deste tipo de resposta temos a teoria do Determinismo Moderado, ou Mitigado, e dentro daquele tipo de resposta o Libertismo ou o Determinismo Radical.
Esta problemática é analisada, na disciplina de Filosofia, pelos alunos do 10º ano de escolaridade a quem foi lançado o desafio de encontrarem canções onde esta mesma problemática pudesse ser perspetivada, assumindo uma posição pessoal que lhes permitisse fazer corpo crítico com as matérias estudadas. O objetivo era criar uma “playlist” filosófica. Os alunos do 10º B responderam desta forma que apresento, aqui, sob a forma de e-book.
Espero que gostem tanto, como eu gostei,
A Prof de Filosofia do 10º B,
Ana Paula Inácio