Estação Meteorológica
Estação MeteorológicaESECCINFÃES

Definição

A Estação Meteorológica instalada desde 2010, na nossa Escola, mede e regista manualmente um conjunto de parâmetros que permitem avaliar e prever o estado de tempo local, em particular, temperatura, humidade relativa, pressão atmosférica, precipitação, velocidade e direção do vento, radiação solar e ponto de orvalho.
Dela constam: um abrigo meteorológico; dois pluviómetros; um pluviógrafo; um heliógrafo; um catavento e um anemómetro. No abrigo encontra-se instalado um psicómetro, composto por dois termómetros (um molhado e outro seco), um higrómetro, um evaporímetro e ainda mais dois termómetros: um de máximas e outro de mínimas. Os registos efetuados na Estação e os boletins informativos, enviados pelo Ministério da Agricultura, são publicados nesta página e afixados na montra do Clube do Ambiente. 
Estamos ligados a quatro estações meteorológicas automáticas, o que nos permite o acesso aos dados recolhidos nessas estações, em tempo real. Os dados recolhidos e posteriormente tratados, serão disponibilizados à comunidade educativa através da Página da Escola na Internet. 
O nosso trabalho tem sido reconhecido pelos organismos oficiais do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, que incluiu a Estação Meteorológica da nossa Escola na lista oficial de recolha e divulgação de dados meteorológicos a nível nacional e pela comunidade educativa que nos tem felicitado pela iniciativa.

Objetivos

Pelo que sabemos hoje, a vida existe num único ponto do Universo: a Terra. Há quem acredite que ela talvez esteja presente noutros locais. Na verdade, a simples contemplação das estrelas, muitas delas idênticas ao Sol, e com planetas semelhantes ao nosso gravitando em torno delas, leva-nos a estranhar que só a Terra seja habitada.

Pouco importa que a vida tenha nascido na Terra ou tenha sido importada; o facto de se ter desenvolvido aqui está naturalmente ligado à posição do planeta. Nem demasiado perto, nem demasiado longe do Sol, a Terra não é fogo nem gelo, o que facilita a existência de dois fluidos essenciais: o ar e a água.

O ar, uma mistura de vários gases, em primeiro lugar, fornece à maior parte dos seres vivos oxigénio essencial para a sua respiração, isto é, para a combustão do carbono, logo, para a produção efetiva de energia. Em segundo lugar, o ar constitui a atmosfera, meio que os animais e as plantas aéreas colonizaram. Por ultimo, o ar, não só forma uma camada protetora em volta da Terra, uma espécie de cobertura que conserva o calor, mas também filtra os raios solares ultravioletas, devido ao ozono de altitude.

A água, no seu estado líquido, constitui um meio onde as trocas químicas são fáceis, porque nela se dissolvem muitas substâncias que assim adquirem uma forma ionizada, quimicamente muito ativa. As primeiras grandes etapas da evolução do mundo vivo efetuaram-se na água ao abrigo dos raios ultravioletas. Assim, quando a deixaram, a fim de conquistarem os continentes e os espaços aéreos, os seres vivos não puderam privar-se da água: a seiva percorre as plantas; o sangue e a linfa circulam nas veias dos animais; enquanto os líquidos, que penetram nos tecidos dos seres vivos, facilitam a deslocação das células reprodutoras e irrigam os embriões. Quase toda a água do Globo está armazenada nos oceanos, que assim constituem um enorme reservatório regulador, tanto por causa da grande quantidade de substancias nele dissolvidas, quanto por causa das trocas de calor com a atmosfera.

Portanto, foi essencialmente no ar e na água que os seres vivos se desenvolveram. No entanto, como qualquer dos meios, quer o aquático, quer o aéreo, sofreram modificações ao longo da sua evolução, os seres vivos tiveram que se adaptar à mudança. Por consequência, as limitações impostas pelo meio foram um fator fundamental na evolução do mundo vivo. Até que ponto os seres vivos, através da adaptabilidade, foram capazes de responder a tais limitações? Ou, por outras palavras, quais são as fronteiras da vida no nosso planeta? Apesar de não sabermos dar uma resposta exata a esta pergunta, sabemos pelo menos que o mundo vivo enfrentou crises muito graves, de que saiu vitorioso mas não ileso.

Uma das crises mais conhecidas é a que ficou registada nos sedimentos do final da era terciaria, há cerca de 65 milhões de anos. Num período que se nos afigura muito curto, desapareceram a maior parte dos répteis (nomeadamente, os célebres dinossauros), que na altura eram muito abundantes na superfície da Terra; as amonitas, moluscos cefalópodes marinhos próximos dos náutilos atuais; e, ainda, a maior parte dos foraminíferos, seres marinhos unicelulares, possuidores de uma pequena concha calcária, ainda hoje muito abundante nos mares, embora já representados por espécies diferentes. As causas desta vaga de desaparecimentos ainda estão mal compreendidas. Embora não faltem hipóteses explicativas, torna-se difícil escolher entre as que recorrem, seja a causas terrestres (alterações do nível do mar, erupções vulcânicas, etc.), seja a causas extraterrestres (meteoritos, cometas, etc.)

Independentemente da explicação correta, parece evidente que perante uma pressão considerável do meio, alguns seres sucumbiram, enquanto outros sobreviveram. Isto significa que em face das dificuldades que surgiram, nem todos se mostraram aptos para lutar, pois enquanto alguns ultrapassaram essas dificuldades, outros não.

Percebe-se assim que, quanto maior for a diversidade dos seres vivos, maior probabilidade terão de sobreviver coletivamente às principais modificações do ambiente em que vivem. Portanto, o conjunto das espécies diferenciadas a que chamamos biodiversidade, constitui de certo modo uma base de sustentação do mundo vivo, mais ou menos alargada.

No que diz respeito, a nós, seres humanos, não é agradável pensar que outro grupo animal possa substituir-nos um dia na superfície do planeta e, com razão ou sem ela, temos muito para nos perpetuarmos e conservar a nossa situação, que normalmente consideramos privilegiada, pelo menos em certos aspetos. Até aqui, através de artifícios como as casas, o vestuário e o aquecimento, temo-nos adaptado a diferentes condições de vida e esperamos efetivamente fazer face, de uma maneira ou de outra, a futuras modificações do meio. Todavia é necessário que tal adaptação seja técnica e economicamente possível e, ainda, que tenhamos tempo de por em prática os dispositivos apropriados.

Nestas condições, é essencial, senão vital, ter capacidade para prever as modificações que vierem a verificar-se nos diferentes meios. E tal capacidade é tao mais importante e urgente, quando se sabe que o homem de hoje, com as atividades que desenvolvem, tem possibilidade de provocar modificações importantes e rápidas. Portanto, do nosso ponto de vista, é desejável que os progressos do conhecimento se mostrem suficientemente rápidos para que possamos evitar crises necessariamente dolorosas para a humanidade. Além disso, é necessário tirar consequências efetivas das previsões que vierem a ser feitas.

De entre os diversos meios necessários à vida, um tem características fundamentais: o clima. É do clima e das suas modificações, analisados através da sucessão dos estados de tempo, que pretendemos tratar neste espaço de recolha e divulgação de dados meteorológicos.

Documentação

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